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terça-feira, 30 de junho de 2015

Diferentes gêneros terminologia e significado das expressões L G B T

Minh@s querid@s e queridos, me perdoem a demora em publicar, porém, não sei se eu tratei deste assunto aqui, se tratei, quero apenas reforçar.

Há muitas pessoas que não sabem do significado destas terminologias e expressões atuais, digo atuais, pois o tempo as modifica.

Fonte: www.wikipedia.com.br

Diferentes gêneros

Transexual
Busca viver de maneira integram no gênero que sente pertencer e pode recorrer a hormônios, cirurgias de redesignação de sexo, alteração de nome em registro civil, dentre outros.

Travesti
Termo usado no Brasil para identificar quem nasceu com as características físicas de um gênero masculino, mas se identifica com o feminino. Não reconhece como homem ou mulher, mas como integrante de um gênero próprio. Pode recorrer a cirurgias plásticas ou tratamento com hormônios para adaptar a aparência física à sua identidade. Difere-se da Transexual.

Intersexo
Antes chamado de hermafrodita, ou pseudo-hermafrodita, é o homem ou a mulher que nasceu com alguma anomalia ou malformação na genitália masculina ou feminina.

Não binário ou genderqueer
Não se identifica com o masculino ou feminino, ou transita entre os gêneros.

Crossdresser
Gosta de roupas e acessórios relativos ao gênero oposto ao do seu nascimento, na maioria das vezes, não integralmente, e não há identificação pessoal com o gênero oposto. Às vezes, pode estar relacionado a situações de fetiche. Pode ser masculino ou feminino.

Drag Queen
Homem que se veste e usa acessórios como uma mulher estereotipada ou exagerada para fazer shows e performances.

Drag King
É o oposto da Drag Quuen. Mulher que se veste de homem.

Transformista
Homem que se veste de mulher para apresentações performáticas sem uma vivência integral ou identificação com o gênero feminino e sem relação com prazer sexual. Termo comum nas décadas de 80 e 90.

Cisgênero
É o homem ou a mulher que se identifica com as características de seu sexo biológico.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Entrevistando uma Crossdresser - Sandra M. Lopes

Vamos fazer uma visita ao outro lado do Oceano. Vamos à Portugal, neste momento de hoje.

Iremos conhecer agora, Sandra M. Lopes, uma Crossdresser que vive em Lisboa e que eu pude conhecer por intermédio de uma outra amiga, Sttefanne Camp.



A Sandra, é a moderadora de um fórum, o Espartilho, que é dedicado ao universo crossdressing, transformismo e transsexualidade. Vamos à entrevista.


1) Diga-me seu nome, idade atual e cidade onde reside?

R: Sandra M. Lopes, 45 anos (quase 46!) e resido perto de Lisboa, Portugal.

2) Qual é a sua profissão atualmente além de Crossdresser?

R: Crossdresser não é minha profissão :-)

Até recentemente, fui consultora em tecnologias de informação (informática) mas neste momento estou a preparar uma mudança de carreira, tentando terminar o doutoramento para que possa dar aulas em universidades e fazer investigação científica em inteligência artificial e mundos virtuais...

3) Quando descobriste que era Crossdresser e como tudo começou?

R: Ui! Pergunta difícil! Tudo começou um dia em que estava em casa de uma minha prima, quando tinha talvez 25 anos. Nessa altura ainda vivia com os meus pais, que estavam a pintar a casa enquanto estavam de férias no sul de Portugal, em conjunto com a minha prima. Eu já não tinha mais férias pelo que fiquei em casa dela. A dada altura tive um impulso fortíssimo e incontrolável de vestir a lingerie e roupa dela, e assim fiz, apesar dela ser muito mais pequena do que eu e praticamente nada me servisse. Foi inicialmente uma sensação de êxtase puro como nunca sentira antes. Mas imediatamente de seguida veio a ideia de que eu deveria estar louca e tinha de ser internada, pois esse comportamento não era «normal»!

Nem sabia ainda que existia a palavra «crossdresser». Eu pensava mesmo que tinha uma doença mental grave!

Felizmente nessa altura já existia Internet, pelo que tentei ler o máximo que pude sobre o assunto, e fiquei pasmada ao aprender que o crossdressing era frequente, eu não era um caso isolado, e não era uma «doença mental», mas também não podia ser «curada». Uns anos antes disso tinha lido algumas histórias eróticas sobre transexuais (também não sabia na altura o que isso era) e achei-as muito excitantes. Mas não sabia bem a diferença entre transexualidade e crossdressing. Foi só depois desse estranho episódio que aprendi a diferença...

Uns meses mais tarde, estava já a comprar alguma roupinha para mim, via Internet, claro está. Nessa altura era frequente ter pequenas mini-férias ao longo do ano, que passava sozinha, e podia vestir-me nessas ocasiões. Sabendo que, afinal de contas, não se tratava de nada de «anormal» nem «doentio», passei a aprender mais sobre o assunto, e a praticar mais e mais a maquilhagem, pois um dia gostaria de sair vestida assim em público e passar despercebida. Foram precisas quase duas décadas até que isso acontecesse!

4) Você possui amizades no mundo Crossdresser? Como fazer amizades neste universo?

R: Considero que tenho algumas muito boas amizades, sim. Praticamente todas elas foram feitas através da Internet. As minhas amigas mais antigas datam de há mais de dez anos atrás, e correspondemo-nos regularmente; uma está no Canadá, outra nos Estados Unidos, e nunca tivémos oportunidade de nos encontrar fisicamente. São ambas casadas e com filhos e mais velhas que eu. Mas entretanto tenho tido muito mais oportunidades de fazer amizades novas, muitas das quais feitas em eventos onde participam crossdressers, e onde podemos conversar «ao vivo e a cores» — depois mantemos o contacto regular pela Internet, onde também combinamos novos eventos.

5) Quais são as dificuldades enfrentadas por uma Crossdresser?

R: A principal dificuldade, penso eu, é a auto-aceitação da condição que temos. Isto a início faz imensa confusão, e a minha reacção foi típica: pensar que somos doentes mentais, ou profundamente perversas. Não é fácil encontrar logo informação a explicar o que isto é; não é o género de coisa que possamos perguntar à família ou aos amigos, e provavelmente a início teremos vergonha de perguntar a um médico!

Graças à Internet, felizmente, é hoje em dia muito fácil encontrar imensa informação sobre o assunto, mesmo que a maioria esteja em inglês.

Uma vez ultrapassada a barreira da auto-aceitação, a segunda maior dificuldade é: onde encontrar o que vestir? As mulheres genéticas são ensinadas desde criança a saber o que vestir, a tirar medidas ao corpo (conheço crossdressers que aos 60 anos nem sequer sabiam usar uma fita métruca), a conhecer o tipo de roupa que lhes fica bem, já sem falar na questão da maquilhagem, do cabelo, etc. Só na questão do aspecto físico há uma tonelada de coisas a aprender, e não é fácil encontrar quem nos «ensine», pelo que temos de confiar no que lemos online, e fazer experiências. A maior parte de nós pode ficar apaixonada por um vestido lindíssimo que encontrou online, só para perceber depois que o vestido pode servir à modelo na foto do catálogo online, mas em nós fica-nos pessimamente! Há, pois, uma fase de experimentação, qie, se não conhecermos nenhuma outra crossdresser, pode-nos ficar cara!

A terceira dificuldade tem a ver com as saídas. Muitas crossdressers nunca «saiem do armário» a vida toda, porque têm pânico de sair à rua. Mas também podem não ter com quem sair. Há, pois, um período complicado em que se sente a necessidade de se estar em público, mas não se sabe muito bem o que fazer. Correm-se riscos desnecessários, desde ser vista pelos vizinhos, a estar num espaço público (como a rua) em que se podem encontrar não só pessoas conhecidas, como, pior que isso, pessoas transfobas que nos podem atacar fisicamente. O risco é bem real!

A quarta dificuldade está no secretismo do crossdressing. A partir de que altura é que se pode contar o que fazemos (sabendo explicar bem as razões) a familiares ou amigos? Se somos casadas, é quase impossível manter uma «vida dupla» sem que o nosso cônjuge desconfie que se passa alguma coisa connosco. A quantidade de truques que já ouvi de amigas crossdressers para evitar contar tudo à família é verdadeiramente notável, e a criatividade com que resolvem os seus problemas e as suas limitações é extraordinária. Mas mais cedo ou mais tarde há o risco de descoberta, e isso implica, por vezes, um conflito muito complicado a nível familiar e das amizades intolerantes que se recusam a compreender o que fazemos e porque o fazemos.

E diria que a quinta dificuldade tem a ver com o que alguns sociólogos chamam a «carreira da vida». Uma vez ultrapassadas as outras barreiras, que fazer do crossdressing? Muitas crossdressers procuram desesperadamente um equilíbrio; outras encontram-no facilmente. Cada caso é um caso, e haverão muitos casos que nunca ficarão satisfeitas com a situação em que estão. Querem mais, sempre mais. Ora isto pode, em alguns casos, gerar um comportamento obsessivo ou mesmo causar depressão (se não se conseguir explorar o crossdressing com a liberdade desejada, como acontece com muitas crossdressers com uma vida familiar e social muito activa).


6) Qual seria o seu maior sonho?

R: Para já, curar a depressão :-)

Depois disso, eu não gosto de sonhos irrealistas. A minha psicóloga está sempre a perguntar-me isso. Eu descrevo-lhe a situação utópica: ter apoio financeiro do Estado português para passar três meses num centro hospitalar de repouso, talvez numas termas, enquanto trato das cirurgias todas para me tornar numa mulher que não cause repugnância a quem me vir Smile E depois, como seria impossível ter um trabalho como transexual, teria de ter um subsídio estatal para sobreviver até ao resto da minha vida. Quando conto isto à minha psicóloga, ela ri-se, porque tal utopia é obviamente impossível. Portanto, é um sonho completamente irrealista!

Prefiro, isso sim, sonhar apenas com o dia-a-dia: pensar que vestido vou levar no próximo encontro, por exemplo Smile Sonhar para além disso é sempre irrealista, e depois só causa decepção e desapontamento por nunca se ir concretizar.


7) Que palavras você daria para quem está começando (como eu) e o que você pode fazer para motivar novas Crossdresseres?

R: Eu diria que o melhor para quem está a começar, nos dias que correm, é mesmo procurar um grupo de crossdressers que realizem encontros regulares na nossa área de residência, ou suficientemente perto dela para nos podermos deslocar com facilidade. Fica tudo muito mais fácil quando podemos tirar as nossas dúvidas e trocar dicas com quem já passou pelo mesmo e que nos pode aconselhar a o que fazer. Em muitos desses grupos, por exemplo, é fácil encontrar quem nos empreste roupa, e podemos ver o que nos fica bem. Também nos ensinarão a comportarmo-nos de forma mais feminina para passarmos despercebidas em público. É muito mais fácil assim — e muito mais rápido e mais barato! — do que a «tentativa e erro» de quem está isolada da comunidade e que tenta fazer tudo sozinha.

Pense assim: pouca gente consegue aprender a jogar ténis, a nadar, ou mesmo a dançar, sozinha. É muito mais fácil encontrar quem nos ensine e ir a locais onde se podem praticar esses desportos e obter conselhos de quem os pratica há muito tempo. Vejo a actividade de crossdressing da mesma forma! Em grupo é tudo mais fácil :-)

De resto, a minha maior motivação é observar como surgem cada vez mais pessoas que se revelam como crossdressers, ou mesmo como transexuais, e que têm aceitação pública, tal como a Caitlyn Jenner nos Estados Unidos, ou a Laerte no Brasil. São essas as pessoas que me motivam, pela sua coragem, mas também pela ajuda preciosa que nos dão ao gerarem mais aceitação do crossdressing e da transexualidade no mundo tudo. A minha própria motivação passa igualmente por um dia também poder servir de exemplo para outras pessoas. E já se nota que a camada mais jovem da população é substancialmente mais tolerante e mais informada. Isso é bom sinal!

Bem, fico muito feliz em poder ter entrevistado você, Sandra, e poder contar com sua amizade. Temos apenas um oceano nos separando, mas o Crossdressing nos unindo. Podes contar comigo com o que precisares. E, quem sabe, a gente se conhece algum dia? Um super abraço para você. Muito obrigada!

Entrevistando uma Crossdresser - Erika Cross

Continuando...

Vamos conhecer mais um pouco de Erika Crossdresser.
É uma grande amiga, que conheci também pela internet. Blogueira de coração, possui o Blog Universo Crossdresser no qual há muita dica, de moda, comportamento, estilo, maquiagem; um blog bem completo e detalhado sobre o assunto.


Vamos à entrevista?

1) Diga-me seu nome, idade atual e cidade onde reside?
R: Erika Cristina, tenho 32 anos e resido no momento no Bairro do Ipiranga em São Paulo, mas sou do ABC, resolvi morar no Ipiranga para facilitar a ida ao trabalho.
 
2) Qual é a sua profissão atualmente além de Crossdresser?
R: Crossdresser não é profissão não, é Hobby, agora profissão mesmo sou Bacharel em Direito e trabalho como analista de assuntos jurídicos em uma grande construtora em São Paulo. Estou pensando em cursar jornalismo em 2016, era para ser esse ano, mas a crise econômica não deixou...
 
3) Quando descobriste que era Crossdresser e como tudo começou?
R: Vou começar responder pela fim da pergunta, não me lembro qual foi a primeira peça do guarda-roupas feminino que provei, mas me lembro que já fazia desde de muito criança, me lembro de sempre assaltar o guarda-roupas de minha irmã (pouca coisa mais velha do que eu) e experimentar suas sais e vestidinhos... Descobri o termo crossdresser e que haviam pessoas iguais a mim em todo o mundo somente aos 17 anos de idade, quando tive meu primeiro contato com a internet, até então eu me via como uma transformista que não tinha coragem de assumir essa condição, para quem é mais nova é dificil imaginar, mas antigamente não havia acesso a tantas informações como hoje em dia, o esteriótipo era estabelecido no seguinte: travesti fazia programa, era marginal e não operava, transformista era quase travesti, mas se montava apenas para shows e transexual era quem operava, como fez Roberta Closet, era o máximo de informações que tínhamos.
 
4) Você possui amizades no mundo Crossdresser? Como fazer amizades neste universo?
R: Tenho muitas amizades virtuais, conheci algumas pessoalmente, mas não evoluiu, alguns desses encontros foi um tanto quando "estranhos", por isso acho que não evoluiu, creio que o medo da descoberta e a "queda da ficha" de que somos dois homens que gostam de se vestir de mulher conversando sobre o universo feminino causa alguma coisa no cérebro no momento sapo, pode ser isso, ou não, as vezes foi afinidade mesmo. Creio que a amizade no nosso caso começa sempre no mundo virtual, para sair desse mundo tem de ter muita sinceridade e confiança em ambos os lados.
 
5) Quais são as dificuldades enfrentadas por uma Crossdresser?
R: Nossa sociedade, especialmente aqui no Brasil é extremamente machista, apesar de não me assumir publicamente, sinto preconceito, por exemplo, comprar uma roupa é algo super natural para qualquer pessoal, é escolher, provar, pagar, levar, para nós CD's não é bem assim que a banda toca, escolher uma peça feminina, gostar e levar ao provador é uma prova de coragem, nunca iremos saber a reação de quem nos atendeu. Outras dificuldades são sempre ligadas ao "Pré Conceito", usou roupas de mulher é viadinho, não é bem assim, eu particularmente conheço muitas que são Hetero, pra não arriscar dizer a maioria.
 
6) Qual seria o seu maior sonho?
R: Poder um dia viver nos dois mundos, masculino e feminino, em harmonia, sem precisa me esconder. O armário é frio e úmido, gosto mais do sol.
 
7) Que palavras você daria para quem está começando (como eu) e o que você pode fazer para motivar novas Crossdresseres?
R: Não busque a cura de algo que não é doença, viva a vida, respeitando seus limites, não estrague relações, emprego, carreira por conta do crossdressing, tente viver sempre os dois lados em harmonia, mesmo que dentro de um armário (feminino, claro).
 
Bem, amiga, vejo que temos opiniões semelhantes. Fico no aguardo de suas perguntas. Foi um mega prazer conhecer um pouco mais de ti. Super beijos...Abraços...De sua amiga Kelly Cristina (somos xarás!) Crossdresser.

Entrevistando uma Crossdresser - Anna Kairo

Quero começar o mês de junho de 2015 de uma forma um pouco diferente. Vamos entrevistar nossas colegas e amigas Crossdresseres. De brinde, vai uma contra-entrevista, assim, cada uma conhece um pouco mais sobre mim!

A começar, quero ter a horna de apresentar minha primeira amiga, que conheci virtualmente em janeiro deste ano. Anna Kairo.

Ela é a responsável pelo Blog Diário Crossdresser, um blog bem completo no assunto. Vamos conhecer um pouco de Anna Kairo?

1) Diga-me seu nome, idade atual e cidade onde reside?
R: Anna Crossdresser, 30 anos, Mogi das Cruzes.

2) Qual é a sua profissão atualmente além de Crossdresser?
R:  Analista de Sistemas.
3) Quando descobriste que era Crossdresser e como tudo começou?
R: Na infância. Tudo começou quando eu observava o jeito das meninas, o modo como agiam, como se vestiam, como falavam e percebi que era assim que eu deveria ser. Então, logo percebi a diferença entre meninos e meninas e vi que não me encaixava muito no estilo menino de ser, queria mesmo era ser uma menina e fazer tudo o que as meninas faziam. Mas como eu sou menino não podia ser como gostaria, e mantive retraído o meu desejo, falando, agindo e me vestindo como menina escondida. Só na adolescência aprendi sobre o termo "crossdresser" e vi que eu não era a única que me sentia dessa forma.
4) Você possui amizades no mundo Crossdresser? Como fazer amizades neste universo?
R:  Sim, tenho amizades nesse mundo. O melhor modo de fazer amizades ou é frequentando lugares onde se reúnem, como bares e baladas específicas. Ou pela internet.
5) Quais são as dificuldades enfrentadas por uma Crossdresser?
R:  Dificuldades, todas! Não poder assumir, dificuldade em criar amizades, comprar e guardas as roupas, conciliar os dois estilos de vida, enfim, são muitas dificuldades.
6) Qual seria o seu maior sonho?
R:  É poder viver como mulher e não ser criticada por isso.

7) Que palavras você daria para quem está começando (como eu) e o que você pode fazer para motivar novas Crossdresseres?
R: Primeiro, nunca desista. Sempre vai existir momentos de dificuldades mas não deixe isso reprimir seus desejos e sonhos. O que posso fazer é usar minha experiência para orientar e dar conselhos. Uso o meu blog para isso.
Bem,

agora é a minha vez.

1) Diga-me seu nome, idade atual e cidade onde reside?
R: Meu nome é Kelly Cristina Martins, tenho 35 aninhos e moro em São José dos Campos-SP.
 
2) Qual é a sua profissão atualmente além de Crossdresser?
R: Sou Administradora de Empresas (bacharel), também técnica em Eletrônica e Informática.
 
3) Quando descobriste que era Crossdresser e como tudo começou?
R: Foi com cinco anos, quando vesti uma saia de minha mãe. Cresci em uma família muito tradicional e muito conservadora. Quando tinha 15 anos descobri que o universo feminino era a minha praia. Via as meninas e queria ser uma delas. Mas a repressão familiar me fez postergar este desejo. Assumi publicamente como Crossdresser em janeiro de 2015, há apenas cinco meses, mas ainda não estou ideal. Há muita coisa a se fazer.
 
4) Você possui amizades no mundo Crossdresser? Como fazer amizades neste universo?
R: Apenas virtual. Você, Anna, que eu sonho em conhecer pessoalmente em breve; a Sttefanne Camp, Freyja Mirijana, uma senhora que eu conheci pessoalmente aqui em São José dos Campos, mas não somos amigas, Melina Britto, de Curitiba, Erika Crossdresser de Santo André, e...acho que é só.
Não é fácil fazer amizade neste mundo. Há o medo e o receio de ser descoberta, ter a identidade sapal revelada. Mas a confiança é necessária, afinal, uma crossdresser só não faz verão. Eu queria fazer mais e mais amizade neste meio, mas como aqui em minha cidade não ocorre encontros e eventos, fica muito difícil.
 
5) Quais são as dificuldades enfrentadas por uma Crossdresser iniciante?
R: Muitas. A primeira, é montar o look, ver o que gosta, o que sente bem. Comprar a roupa do tamanho certo, na cor certa. A segunda é ser aceita. Muitos ainda tem aquele tabu de nos comparar à garotas de programa. O Crossdressing, para mim, é um hobby, uma arte. Me sinto bem sendo Kelly, me sinto bem sendo mulher. Uma outra dificuldade que eu tenho, é dividir o tempo entre o Sapo e a Kelly. Ser funcionária pública toma tempo, mas, faço muitos malabarismos para que eu possa ter a Kelly sempre bem viva, mesmo que for para usar apenas uma única peça.
 
6) Qual seria o seu maior sonho?
R: Hum...Ser Kelly integralmente, 24 horas por dia, sem ser criticada pelas minhas roupas ou decisão. Poder ter perto de mim todas as amigas crossdresseres e receber o carinho e dedicação delas. Ter muitas amigas trans.
 

7) Conte sua experiência no mundo crossdresser e o que te motiva?
R: Sou novata, estou engatinhando. Há umas coisinhas para acertar como depilação, maquiagem, perucas, mas, o que me anima e motiva, é o prazer de sentir Kelly. E ter fé. Fé na vida, nos amigos, nas coisas que gostamos e amamos. E não desistir, jamais. Se os pais não te aceitam, como ocorreu comigo, não desanime. Fiz amigas aqui na internet, e este blog é para compartilhar ideias. E este blog é para todas nós. Somos uma sociedade. Sociedade Crossdresser.
 
Anna, muito obrigada pela entrevista.




domingo, 7 de junho de 2015

Teologia inclusiva

Queria divulgar o blog Teologia Inclusiva do meu caro amigo e pastor Alexandre Feitosa, no qual está realizando um grande trabalho.