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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Diferentes tipos de roupas íntimas...(en inglês)

Segue vídeo enviado pela amiga Freya Mirijana.


The different type of bras and underwears.

Saia, para homens... sim!

Olá pessoal! Estava meia sem tempo para postar. O ano está terminando, foram 6600 acessos, uma quantidade razoável para um blog com apenas oito meses de vida...

Bem, para fechar o ano, foram 50 tópicos, os mais visitados foram as entrevistas, principalmente aquela especial da minha amiga Ana Kairo, e o crossplay da Sheila da Caverna do Dragão, com 140 e 144 acessos respectivamente.

Com isso, quero postar o último post, aquilo que eu considero essencial para um homem feminino: A Saia. Algo que nasceu há alguns milhares de anos, e que, infelizmente, os homens deixaram-na de lado, por causa do trabalho pesado nas indústrias do século XVIII, onde eles tinham que mostrar a tosca, pobre e frágil macheza. Com isso, as mulheres, tomaram aquilo que nos pertencia como pessoa.

Segue link da matéria:

Saia do tradicional e encontre o modelo de saia para deixar você mais moderna


Símbolo de elegância e status na idade média, utilizada também por homens da nobreza, as saias eram longas e cheias de camadas. Após muito tempo, as saias passaram a ser utilizadas mais por mulheres e foram perdendo o volume e o comprimento.
Após a inserção das mulheres no mercado de trabalho, as saias foram deixadas um pouco de lado e substituídas por calças, já que a mulher concorria diretamente com o homem, começou a adotar um estilo mais parecido com o dele. Atualmente, a mulher voltou a buscar sua feminilidade perdida. A democracia da moda contemporânea oferece modelos de saias para os variados tipos de mulheres e suas necessidades. Navegue em nossa loja online e não deixe de conhecer essas opções. Há saias curtas, acima do joelho, mid (um pouco abaixo do joelho) e longas. Além do modelo mullet, que tem a parte de trás mais comprida que a parte da frente. As saias curtas compõem um look jovem e para quem está com o corpo em dia. As saias um pouco acima do joelho vestem bem todas as idades e tipos físicos. A saia mid por sua vez favorece as mais altas, assim como as saias longas. Mulheres de estatura baixa ou média precisam tomar cuidado ao comprar saias longas. É preciso fazer ajustes para que a saia não fique muito próxima ao chão. A saia mullet, por ser assimétrica, é mais difícil de encaixar nas composições. Além do comprimento, há opções de cintura. Cintura baixa, média e cintura alta. A cintura baixa pode ser usada com cuidado com vestimentas que cubram a barriga, principalmente se for uma saia curta de cintura baixa. A cintura média é um coringa, podendo se adaptar muito facilmente aos looks e as diversas silhuetas e a saia de cintura alta pode atuar em composições de muita elegância. Reunindo comprimento e cintura, temos as variedades de modelo como a saia lápis de corte reto indicado para quem tem poucas curvas, pois marca o corpo. A saia godê, febre dos anos 50 e 60, continua forte e serve para todos os tipos de corpo, para quem tem quadris mais largos é só prestar atenção no volume do tecido e se há camadas. Mulheres com esse tipo quadril também podem usar a saia evasê ou em A. As gamas de tecidos são vastas. 

É...quando o mundão de Deus terá homens usando estas preciosidades...a minha favorita é a longa...Eu adoro, adoro, adoro, adoro, adoro saias...

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Informação contra preconceituosos

Informação contra preconceitos

Por muito tempo, a única referência de transgênero para grande parte dos brasileiros foi a atriz Roberta Close – que recentemente revelou, na verdade, ser hermafrodita. Mas, nos últimos anos, essa parcela quase invisível da população passou a ser mais reconhecida: personalidades como a cartunista Laerte, a modelo Léa T., o ator Thammy Miranda, e Caitlyn Jenner, que antes era conhecida como o ex-campeão olímpico Bruce Jenner, vieram a público assumindo seu gênero. O assunto também passou a ser discutido na TV de forma mais profunda, em séries como "Orange Is The New Black", "Transparent" (vencedora de dois prêmios Emmy) e "I Am Cait".



Longe da visão estereotipada adotada por muitos humorísticos, essas novas representações têm contribuído não só como espelho para pessoas trans, como também para ajudar a tornar esse grupo mais visível para a população cisgênera (cuja identidade de gênero corresponde ao sexo designado biologicamente), na opinião de famosos e anônimos ouvidos pelo UOL.

Laerte passou anos bloqueando sua homossexualidade antes de aceitá-la e, depois, assumir sua transgeneiridade, em 2011, em um processo que descreve como uma "segunda libertação". E diz que é necessário haver modelos que mostrem de forma positiva tanto a orientação sexual quanto a identidade de gênero. "Quando eu era jovem, começando minha vida sexual, só existiam modelos negativos, eram retratados como coisas negativas. A homossexualidade era vista como doença, um problema seríssimo, um desgosto pros familiares, uma vergonha. E acho muito importante que esses modelos sejam positivos hoje. De pessoas que estão felizes, que estão bem, que não são doentes, não são criminosas, não são pecadoras".

Foi com a ajuda de várias ativistas da causa, aliás, que a cartunista conduziu seu processo transição – e hoje fica feliz por servir de referência para outras pessoas que passam pelo mesmo. "Me deixa muito satisfeita de ter produzido este efeito, porque é sempre muito libertador – assim como outras pessoas produziram esse efeito em mim. Eu não fiz o meu movimento sozinha. Me beneficiei de exemplos, ajudas e forças variadas: Márcia Rocha, Letícia Lanz, Maitê Schneider, que hoje são minhas companheiras de movimentos. Essa parte inicial de compreender a natureza da transgeneiridade, dar os primeiros passos, fazer as primeiras incursões publicas, vencer esse medo que é um medo interior, da gente mesma de se aceitar, isso quem me ajudou foram essas pessoas".

A falta de pessoas que falassem abertamente sobre identidade de gênero foi um problema para Thammy Miranda, que retirou os seios no final de 2014 e, neste ano, pediu para ser tratado no masculino. "Acontece de, quando você está no processo da descoberta, não saber o que esta acontecendo com você", conta. "Você sabe o que você não quer em você, mas você não sabe o que isso significa, pelo menos eu não sabia. A única coisa que eu achava, depois que comecei a pesquisar, era sobre os gringos, muitas trans gringas que fazem vídeos caseiros mesmo. E aí que fui entendo o que era, porque aqui no Brasil não era divulgado. Acho que a divulgação ajuda por conta disso".

Doutoranda da Unicamp, prostituta e ativista, Amara Moira se assumiu como trans há um ano e meio, quando tinha 29 anos, e passou a entender melhor o momento que vivia tendo Laerte e outras ativistas como referência. "Geralmente a gente pensa que a pessoa desde criancinha está tentando, sempre deu mostras. Eu nunca dei mostras. E aí você vê o caso de uma pessoa que viveu o que eu vivi. Foi importantíssimo ver os quadrinhos dela, ver como ela ia trabalhando siso de forma artística. E depois ver essas pessoas que iam surgindo nas redes sociais, a Travesti reflexiva, a Daniela Andrade. São figuras que eu fui olhando e pensando 'nossa, isso é muito próximo do que estou vivendo, do que estou querendo viver'".

Esta é a minha amiga Amara Moira, de Campinas-SP. Um super beijo para você!

Informação e preconceitos

Além de oferecer mais modelos com os quais pessoas transgêneras possam se identificar, a visibilidade entre famosos e em produções da TV e do cinema também ajuda a levar ao grande público mais informações sobre esse grupo – algo importante no país que mais mata transgêneros no mundo. De acordo com levantamento feito pela ONG Transgender Europe, 689 foram assassinados no Brasil entre 2008 e 2014.

"Muito da violência que a gente sofre tem a ver com o fato de as pessoas não estarem acostumadas a conviverem com a gente, a verem a gente", afirma Amara Moira. Por isso, uma maior presença de personalidades trans acaba trazendo mais consciência – dos dois lados: "Às vezes, a gente acha que o fato de a Laerte existir estimula a transexualidade, mas na verdade estimula a sair do armário, não estimula a virar nada. Com isso, a sociedade inteira vai olhando. Minha mãe olha para a Laerte e fala 'Minha filha vive algo parecido com isso, minha filha não é única, essas pessoas podem e devem ser respeitadas'. Muda bastante. Não só para nós, como para as pessoas ao nosso redor".

A atriz e modelo Carol Marra, no ar na série "Romance Policial – Espinoza", concorda, e diz que ainda há muita ignorância a respeito da população trans: "Tudo que é desconhecido, gera certa 'estranheza'. O preconceito surge da falta de informação. Acho importante nós, como pessoas públicas, levarmos o tema, por exemplo, para um debate de um jantar em família, roda de bar... A sociedade como um todo não sabe diferenciar uma transexual de uma travesti, drag queen ou mesmo de um gay. E, infelizmente, a primeira imagem associada é a de uma profissional do sexo. Muitas transexuais não se compreendem ou se tornam compreendidas".

Nem sempre, porém, a maior informação se traduz em aceitação – e nem sempre as representações de pessoas trans são positivas. "Trazer essa vivência à luz do dia traz mais esclarecimento da população do que tolerância, porque a tolerância parte mais do indivíduo", avalia a atriz e ativista Wallace Ruy. "E se trazer para a mídia temas trans não quer dizer que vem de uma maneira positiva. Em novelas, principalmente, a gente não vê pessoas trans representando pessoas trans. Você vê que há uma representação muito caricata".

E ainda há lugares que são quase que inacessíveis às pessoas trans na mídia, como é o caso de programas jornalísticos. "Por que não apresentando programa infantil? Porque sempre se associa ao transgressor, aí não pode. Não pode apresentar o jornal porque é algo sério, e a notícia que sai da minha boca tem um peso menor. E aí que mora o problema, porque isso está condicionando à minha identidade, à minha representatividade de gênero. É um grande absurdo ver isso hoje. Mas foi assim com a população gay, foi com a população negra".

Fonte: tvefamosos.uol.com.br.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Crianças transgêneros...a dura realidade delas abordada na reportagem do Fantástico

Para completar 5.500 acessos e 50 posts, trago a reportagem do dia 20/09/215 que foi divulgada no Fantástico, sobre crianças transgêneros...



Para quem não assistiu, segue o vídeo.

Sinceramente, eu, não pude passar por este mesmo procedimento em minha adolescência, mas, hoje, sei que eu posso ainda ter a esperança de chegar lá...

sábado, 10 de outubro de 2015

  • Texto e reportagem extraído de:
em 10/10/15 às 16h38.

  • O crossdresser não quer ser o sexo oposto, mas vivenciar as mesmas sensações
    O crossdresser não quer ser o sexo oposto, mas vivenciar as mesmas sensações
Casado há 19 anos e pai de um adolescente de 13, o administrador de empresas Rodolfo*, 45, precisa usar terno e gravata todos os dias por causa do trabalho. Aos sábados, enquanto a mulher está no trabalho e o filho com os amigos, ele aproveita a tranquilidade da casa para colocar vestido, meias finas, escarpins e se maquiar com capricho. Terminada a produção, dedica-se a admirar sua versão feminina no amplo espelho do quarto de casal. "Tenho prazer em me ver bonita", afirma.

O que você faria se flagrasse seu marido vestido de mulher?

6.016 votos
O engenheiro Márcio*, 36, volta e meia esconde sob suas calças jeans uma calcinha delicada de renda ou de seda. "Sempre fico com receio de que alguém perceba algo, mas a sensação que as peças femininas me provocam acaba falando mais alto", diz.

Tanto Rodolfo quanto Márcio não são gays: ambos fazem questão de afirmar que nunca tiveram experiências homoafetivas, mas que não teriam nenhum problema em se revelar homossexuais. No entanto, preferem manter o fetiche de se vestirem com peças femininas em segredo, por temerem o preconceito.

Os especialistas afirmam que é complicado --e leviano-- dar nomenclaturas a práticas e preferências relacionadas à sexualidade. Até porque nenhuma pessoa é igual à outra, e, entre aquelas que se identificam com as mesmas coisas, cada uma tem suas peculiaridades. É nesse cenário que se destacam os crossdressers como Rodolfo e Márcio.

Travestismo --palavra mais adequada à prática-- é uma atividade inteiramente distinta e independente da orientação sexual de uma pessoa. De acordo com o terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade) e autor do livro "Parafilias – Das Perversões às Variações Sexuais" (Zagodoni Editora), o termo foi cunhado pelo médico alemão Magnus Hirschfekd (1868-1935), em 1910, para designar quem tem prazer em se vestir com roupas do sexo oposto.

Experimentar

Embora à primeira vista pareça o contrário, crossdressers não desejam ser o sexo oposto. "Eles almejam experimentar as sensações que o outro sexo experimenta. Vivenciar o que sentem", declara o psiquiatra e terapeuta Carlos Eduardo Carrion, de Porto Alegre.

"É difícil tecer uma definição fechada sobre a prática. Há crossdressers que se vestem pelo prazer de estarem montados. Outros podem ter propósitos diferentes, como encontrar parcerias sexuais. Alguns preferem ceder a seus desejos apenas entre quatro paredes, enquanto que para outros sair na rua montados é fundamental", afirma Anna Paula Vencato, doutora em antropologia social e pesquisadora associada do Núcleo de Pesquisa em Diferenças, Gênero e Sexualidade da Usfcar (Universidade Federal de São Carlos).

O universo de possibilidades é amplo. "Quando em paz com seu desejo, crossdressers sentem excitação e realização sexual. Porém, muitos ainda têm vergonha e culpa", declara o psicólogo Klecius Borges, autor de "Muito Além do Arco-íris – Amor, Sexo e Relacionamento na Terapia Homoafetiva (Edições GLS).

Parceiras sabem da prática

Entre os crossdressers que têm relacionamento estável não são poucos os que compartilham a prática com as parceiras (existem crossdressers do sexo feminino, mas são mais raras). Há também as que sabem e eventualmente apoiam sem, no entanto, participar da "montação".

Segundo Rodolfo, é nesse perfil que se encaixa sua mulher. Ele pratica o crossdressing há oito anos, mas só em 2012 teve coragem de relatar a predileção à companheira. "Ela ficou chocada e saiu um tempo de casa. Depois de conversarmos muito, aceitou. Não é algo que a deixe confortável, e ela tem medo de que nosso filho e que os amigos descubram, mas não me julga. E não quer participar também, o que me deixa mais à vontade", fala o administrador.

Rodolfo afirma que não costuma se masturbar quando se monta, que o fato de se admirar é o suficiente. Mas existem os que precisam atingir o orgasmo para se sentirem satisfeitos, os que transam com a parceira com roupa íntima feminina, os que pedem para a mulher tratá-los como outra mulher...

Eliane Cherman Kogut, autora da tese "Crossdressing Masculino – Uma Visão Psicanalítica da Sexualidade Crossdresser" (2006), para o doutorado em psicologia clínica pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, fala que várias parceiras toleram e participam, mas apresentam desconforto, temor que o par seja homossexual e insegurança em relação ao seu afeto e desejo.

O engenheiro Márcio conta que tentou inverter os papéis na cama com uma antiga namorada, com ambos usando peças íntimas do sexo oposto, mas que não aconteceu da maneira que esperava. "Ela se sentiu culpada e colocou em xeque meus sentimentos. No fim, a experiência foi tão ruim que acabamos terminando", diz. Segundo ele, a atual parceira sabe que ele gosta de usar lingerie de vez em quando, mas afirma que isso não a abala. "A mente dela é mais aberta."
*Nomes fictícios para preservar a identidade dos entrevistados.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Mudança de gênero é o mais recente benefício empresarial

Créditos da reportagem:

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/mudanca-de-genero-e-mais-recente-beneficio-empresarial
21/09/2015 20:55
 AFP
Bandeira do movimento LGBT
Movimento LGBT: o benefício é um modo relativamente barato de mostrar que empresas estão levando a sério a diversidade da força de trabalho porque muito poucas pessoas de fato os utilizam

As empresas dos EUA estão adicionando rapidamente benefícios de seguro de saúde para os funcionários que queiram mudar de gênero, um modo relativamente barato de mostrar que estão levando a sério a diversidade da força de trabalho porque muito poucas pessoas de fato os utilizam.
Mais de 415 de cerca de 780 firmas consultadas em relação à cordialidade para com funcionários que são lésbicas, gays, bissexuais e transexuais agora cobrem procedimentos afins, como tratamento hormonal e cirurgias de mudança de gênero, de acordo com a Human Rights Campaign (HRC).
É mais que o dobro do número em 2012 e mais do que somente 49 em 2009.

Netflix Inc., Facebook Inc. e Tesla Motors Inc. estão entre as 82 companhias que se incorporaram neste ano à lista da HRC, com sede em Washington.
A Wal-Mart Stores Inc. poderia analisar a inclusão desses benefícios no futuro; o Goldman Sachs Group Inc. oferece-os desde 2008, disseram as empresas.
“Está virando uma espécie de corrida para ver quem se compromete mais do que os outros” com as iniciativas em prol da diversidade, disse James Baron, um professor que estuda recursos humanos na Faculdade de Administração de Yale.
“Comprometer-se com essa forma de igualdade possibilita que as empresas tenham mais munição sem implicações de custo terrivelmente profundas”.
As pessoas transexuais ganharam visibilidade neste ano com a mudança de sexo de Caitlyn Jenner, ex-campeã olímpica que se tornou mulher, e com o amplo apoio público aos direitos LGBT durante batalhas judiciais muito comentadas.
O Tribunal Supremo dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em junho. Os empregadores, por sua vez, estão muito conscientes da necessidade de atrair pessoas e conservar os trabalhadores que querem uma atmosfera inclusiva.
Poucos casos
Um em cada 10.000 a 20.000 funcionários costuma utilizar a cobertura de mudança de gênero por ano, de acordo com uma pesquisa feita por Jody Herman, que investiga leis e políticas públicas relativas à identidade de gênero na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Desde que as faculdades da Universidade da Califórnia adotaram esses benefícios em 2005, menos de uma dúzia de pessoas por ano, entre mais de 100.000, utilizaram esses recursos, de acordo com um relatório do Departamento de Seguro da Califórnia.
O custo médio das solicitações foi de US$ 29.929.
A HRC, o grupo de defesa, reúne dados relativos aos benefícios para funcionários LGBT de centenas de companhias a cada ano. Uma pontuação perfeita no chamado índice de igualdade corporativa é de 100 pontos, um marco que muda periodicamente à medida que o grupo adiciona mais critérios.
Para entrar na lista das empresas que oferecem cobertura transgênero neste ano é necessário fornecer pelo menos US$ 75.000 em benefícios afins e atender a outros padrões de assistência, como oferecer aconselhamento.
O governo dos EUA propôs novas leis que impediriam que a maioria das companhias de seguro neguem categoricamente a cobertura para tratamentos que podem ajudar as pessoas a mudar de gênero.
As leis não obrigariam as seguradoras a pagar por todos os procedimentos, embora provavelmente impliquem uma cobertura mais ampla para alguns tratamentos, como a terapia hormonal.
Pressão dos pares
Independentemente de quais sejam as regulamentações, é provável que a pressão dos pares leve mais empresas grandes a aderirem, disse David Mayer, um professor de administração da Universidade de Michigan que estuda a diversidade no ambiente de trabalho.
“Outras empresas sentem que deveriam e precisariam oferecer benefícios semelhantes”, disse ele.
Erica Lachowitz, 39, disse que precisou pedir emprestado parte dos US$ 50.000 que gastou em cirurgias faciais para sua transição de homem a mulher, que, segundo ela calcula, acabou custando cerca de US$ 100.000.
A empregadora dela, uma empresa de fabricação de portas, oferece seguro de saúde, mas não cobre os procedimentos de transição.
“Se as empresas seguradoras pagarem a conta, ficará mais fácil preservar mais relacionamentos” em casa, disse ela.
“Isso acaba com uma enorme carga de estresse para a pessoa que vê isso e pensa: ‘Posso fazer isso’”.

domingo, 13 de setembro de 2015

A História de uma Crossdresser

É...tudo começou em março de 2015. Parecia um sonho muito distante. Lembro-me da primeira vez em que eu procurei na internet "homens que se vestem de mulher"... :bounce:
E o que eu encontrei? O Blog da Anna Kairo. E assim começou tudo! Desde meus cinco anos, eu era assim: uma menina em um corpo de menino, que era obrigada a usar roupas de menino por ostentação familiar.
O tempo passou, mas ela, dentro de mim, sobreviveu calada, sofrendo, presa em um armário de 0,25 m3, chorava amargurada querendo ver a cor do sol, a cor do céu, a luz, o luar, as pessoas, o mundo. Havia uma parede muito grossa de concreto, e uma algema em seus pés, mas ela não desistiu da vida. Esta menina cresceu, se desenvolveu, e, em 2003, quase foi liberta. 
Ela ficou deprimida, sentia que seu "noivo" precisava dela, e o chamou, chamou, chamou, até que em 2011, um lampejo de esperança surgiu. Neste ano, comecei a comprar minhas primeiras roupas femininas. Um vestido curto de oncinha, e uma saia longa verde. Assim, aos poucos foi surgindo, aquela que é a Guerreira. Muitos não deixaram ela querer viver, querer libertar-se, mas, em vão tentaram. Ela foi perseguida, maltratada, humilhada, judiada, mas, sobreviveu. Ela sofreu preconceitos, recebeu nomes levianos, nomes proibidos de serem citados em um imponente fórum, que hoje, ela é moderadora. Mas ela está aí, pronta para voar, deu seu grito de liberdade; sofreu preconceitos na família, no emprego e na sociedade.

Ao conhecer a Anna Kairo, também pôde conhecer uma outra pessoa que se tornou muito amiga e companheira: a Erika Cristina, que a convidou para este fórum, que, a Kelly, aprendeu a ser uma mulher.

Um dia, ela conheceu uma amiga, de longe, chamada Sttefanne :lol:, e as coisas mudaram. Ela ganhou da Sttefanne, uma marreta e dois quilos de dinamite :affraid:, que no qual explodiu sua prisão, e se libertou em Campinas, no dia 24 de julho de 2015. Com a ajuda de outras amigas como a Aline Cândido, e Natália Rossi, se firmou, e agora, com a ajuda de novos amigos, como Maria Angélica, se solidificará como pessoa. 

Ela ensinou o seu príncipe sapo a amar, e a se amar, onde ele não havia esperança, e a esperança estava dentro de si. Ela está cativando as pessoas, ensinando o bem, e pregando o amor, a fé e a esperança....

Há muito o que fazer ainda, mas, aos poucos, ela chegará lá! Não vou dizer que o seu caminho será rosas, mas, as pedras e espinhos e as agruras não lhe derrubarão e nem a farão desanimar...

Em nome do príncipe Sapo, e principalmente em nome de todas as amigas do fórum, principalmente aquelas que direta ou indiretamente contribuíram para a existência da Kelly, como pessoa, (Sttefanne, Aline, Erika, Nath, Maria Angélica, Laerte, Cynthia): digo SEJA BEM VINDA AO MUNDO, KELLY CRISTINA MARTINS. 

E vamos à luta, juntos, em busca de seus direitos. Nasceu já com 35 anos, linda e bela...

Uma Homenagem de SRM Produções, para uma pessoa especial, que há seis meses passou a fazer parte integral de minha vida: Kelly Cristina Martins. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Saiba mais sobre o crossdressing ou crossdresser

Olá...Segue uma matéria interessante, do Psicólogo Claudeci de Souza sobre o crossdressing.

Saiba mais sobre o crossdressing, acessado em 26/08/2015 às 09h10

O que é?

Esse é um assunto que poucos conhecem e costuma causar estranheza quando as pessoas têm contato com o assunto, o que normalmente vem acompanhado com preconceito ou idéias errôneas sobre o tema.
O termo crossdresser ou cross-dressing (cross: cruzar e dressing: roupa), como não há uma tradução desse termo para o português, ele quer dizer pessoas que gostam de usar roupas típicas do sexo oposto. É muito mais comum homens desejando usar peças de mulher que o contrário.

Aspectos psicológicos

Como psicólogo, falarei nesse texto sobre os aspectos psicológicos que envolvem esse assunto.

Sempre recebo perguntas por e-mail ou mesmo pessoas em meu consultório apresentando questões relacionadas ao crossdresser. Tais questões são acompanhadas, normalmente por sofrimentos, principalmente por falta de conhecimento próprio e/ou de quem convive com a pessoa.

O e-mail abaixo que recebi de um homem de 40 anos, ilustra um pouco do que me refiro:

“Oi Dr. tudo bem? sou casado há 10 anos, antes mesmo de ser casado já tinha este desejo louco por calcinha sempre gostei de usar,quando casei deixei de usar um tempo. Mas depois veio a vontade de usar, foi então que tive que contar para minha esposa. Foi difícil para ela aceitar, até que acabou aceitando. Só que um belo dia ela disse que não aguentava mais aquela situação e disse ou você para ela contaria para todo mundo. Então depois desta chantagem dei um tempo, ai comecei a usar escondido pois não consigo para de usar, não cinto atração por homem apenas um desejo incontrolável de usar calcinha. Tenho certeza que não sou gay. Não sei mais o que fazer, por favor me ajude.”

O sentimento

Por falta de pesquisa sobre esse tema, não temos dados consistentes na literatura para falarmos em porcentagem. Por isso aqui me referirei a dados quantitativos com base empíricas.

Na grande maioria dos casos se referem a homens que desejam usar roupas típicas de mulher, em especial as íntimas, como calcinha, cinta liga, por exemplo. Mas além das lingeries, também há muitos que gostam de vestidos, meia calça, sapatos, pulseiras, brincos e mesmo a maquiagem.

No relato dessas pessoas, fica claro o prazer que envolve essa prática. Em muitos casos o prazer é solitário:“Eu como não posso falar para ninguém dessa minha vontade, muitas vezes eu coloco a calcinha e vou trabalhar. Só eu sei, e isso já me excita, me dá prazer.” Por outro lado, a vontade de compartilhar com pessoas desse assunto é um desejo comum. Do mesmo modo como é comum falarmos de coisas que nos excitam no sexo, e se esse comportamento (de falar) se mantém, é porque sempre que falamos sentimos a sensação de prazer, de bem estar, porque é gostoso. No caso dos crossdresser, ocorre o mesmo, porém, com a dificuldade de encontrar pessoas que entendam, compartilhem dessa mesma emoção ou no mínimo não critique ou não tenha preconceito.

É muito difícil andar fora daquilo que é visto pela sociedade como "normal". Por isso quando tais pessoas não podem ter essa vivência, começa então o sofrimento.

Conceitos equivocados

É muito comum as pessoas leigas ou profissionais como psicólogos e médicos associarem o crossdresser a travesti, ao homossexual ou sem-vergonhice.

O crossdresser não tem o desejo de fazer plásticas e colocar silicone no corpo modelando-o para parecer uma mulher, como é o caso do travestis, o prazer estar em se vestir com roupas de mulher.

Também não é verdade que todo crossdresser é homossexual. Aliás, esse é um conceito muito equivocado, pois o homossexual não tem vontade de ser mulher. Além disso, querer se vestir como uma mulher e se excitar com isso, não são características da homossexualidade.

Porém há crossdresser que também são homossexuais, mas uma coisa não está relacionada à outra.

Possíveis problemas

Um dos possíveis problemas passa a existir para essas pessoas, quando esse comportamento se caracteriza a única forma de se obter prazer sexual. Quando essa pessoa perde muito tempo, do seu tempo útil, pensando em meios para vivenciar esse prazer. Quando a relação com a parceira (o) deixa de ser vivenciada de modo saudável por casa dessa questão.

Ajuda

Por falta de informação, muitos sofrem, e esse sofrimento acaba atrapalhando outros setores da vida da pessoa.

É muito importante que a pessoa procure ajuda especializada para entender o que porque do sofrimento ou mesmo o porquê dessa forma de obter o prazer e assim encontrar meios para resolver as questões que causam o sofrimento.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Homem transgênero adiou transição para dar à luz

Fonte da reportagem:

http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2015/08/10/homem-transgenero-adiou-transicao-sexual-para-dar-a-luz.htm acessado em 19/08/2015 às 19h36

AJ Kearns tem 41 anos e é o primeiro "homem trans-identificado" que gerou uma criança, segundo o psiquiatra Fintan Harte. Kearns decidiu adiar o processo de transexualidade para dar à luz um dos filhos (Luka, hoje, com três anos) com a, agora, ex-mulher, Zu White. Ele se autodenomina pai, mas diferente dos outros, pois é o único que pariu. As informações são do site "Buzzfeed".
O homem transgênero começou sua família com Zu quando ela engravidou de Jasper, o primogênito do casal. Porém, por conta das complicações durante o parto, eles resolveram que, para terem o segundo filho, Kearns engravidaria. Para tanto, ele deixou de lado os tratamentos hormonais para transição que o tornaria homem fisicamente.
AJ parou o tratamento hormonal para engravidar de Luka
AJ parou o tratamento hormonal para engravidar de Luka
O "pai que deu à luz" passou os primeiros 35 anos de vida como Vicki-Anne e considera o dia do nascimento de Luka um dos momentos mais felizes de sua vida. "Me sinto privilegiado por ter tido essa experiência, fui testemunha do milagre da vida. Sou um homem de família e esse é o meu maior bem", falou ao "Australian Story", programa de TV da rede ABC.
Sobre como conversam com os filhos a respeito das gestações, White disse que sempre foram honestos. "AJ e eu sempre falamos a verdade para as crianças. Quando eles nos perguntam de onde vieram, dizemos que um deles veio da barriga do pai e o outro da barriga da mãe", disse White ao programa de TV.
AJ e Zu com os filhos Jasper, de seis anos, e Luka, de três, gerada pelo pai

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Como usar saias...

Homens de Saia


Hoje em dia ver um homem de saia pode ser exótico, mas a saia sempre foi parte do vestuário masculino. Os homens ocidentais abandonaram completamente as saias há pouco mais de dois séculos. Atualmente 3/4 dos homens do mundo ainda usam saias, a grande maioria deles mora no oriente. Outro fato histórico interessante é que as mulheres usam calças há pouco mais de 100 anos, com o surgimento das primeiras feministas e da necessidade da mulher entrar no mercado de trabalho, na época, uma mulher de calças chocava a sociedade.
Os homens usam saias desde tempos imemoriais, há mais de 3.000 anos os sumérios já usavam um tecido para cobrir as partes baixas; os antigos gregos usavam a toga e seus gladiadores usavam saias; para um Romano as calças eram um insulto, pois ocultavam suas pernas musculosas que eram consideradas os pilares da força e da virilidade; os antigos egípcios usavam uma saia semelhante ao sarongue, presa com amarrações. A saia era uma peça do vestuário que não delimitava território masculino ou feminino.

Durante muito tempo homens e mulheres se enrolaram em túnicas e ainda hoje podemos testemunhar no oriente a utilização desta vestimenta nos países do sudeste asiático onde temos o sarongue, o dhoti, o lungi e os pareôs na Polinésia. No oriente médio há o caftan e nos países africanos o djelabas é vestimenta tradicional. No Japão há o hakama e o próprio Jesus em sua época provavelmente usou saias pois em seu tempo, o que dividia os gêneros era o decote: as mulheres cobriam os seios.

É possivel hoje, imaginar líderes eclesiásticos sem suas saias? Até mesmo o Papa e os mulás as usam. Na Escócia, o kilt indicava através da cor de sua padronagem xadrez, o clã (família) que a pessoa fazia parte. O kilt é uma criação  celta, povo antecessor dos escoceses, assim como dos irlandeses, que também os usam. Hoje, o kilt é considerado uma  vestimenta folclórica. Na idade média os anglo-saxões e os normandos também usavam saias, assim como na época da Renascença e até mesmo alguns homens na era Barroca e Rococó.
Foi a evolução da alfaiataria, a partir do século XIV, que impulsionou a especialização das vestimentas. No século XV, a túnica do homem foi ficando mais curta e apertada, enquanto aumentava o número de homens usando uma espécie de meia-calça. Uma maior renúncia masculina à saia começou no século XVII, que reduziu a variedade de modelos de roupas disponíveis para os homens. Mas foi no início da Era Vitoriana que praticamento o homem perdeu o direito de usar saias e passou a usar apenas calças.
E é essa mentalidade que carregamos até hoje. Porque não aceitamos que os homens não podem usar as duas peças (calças e saias) e a mulher pode? Históricamente as saias pertencem à ambos os sexos. Só as  calças são uma questão de gênero (masc/fem).

Ajuda aí, gente. Vamos voltar ao que éramos antes. Vamos recorrer e recuperar o que era nosso e as mulheres nos tomaram.

Desde os anos 60, época da contra-cultura, vários estilistas tentaram reintroduzir a saia masculina na moda, pegando emprestado idéias de culturas e eras diversas, alguns designers reinventaram a saia para homem. Em 1980, algumas celebridades e estilistas como Jean-Paul Gaultier, Giorgio Armani, John Galliano, Kenzo, Rei  Kawakubo, Marc Jacobs e Yohji Yamamoto tentaram promover a idéia de homens usando saias, sem a intenção depopularizá-la. E desde meados da década de 90 várias empresas foram criadas para vender saias projetadas exclusivamente para os homens.
Na França atual, há uma associação chamada "Hommes en Jupe" (Homens de Saia), fundada em junho de 2007. Moreau, Presidente da associação,  diz que os homens querem o direito de voltar à usar saias na França, já que a peça de vestuário tem um signo, símbolo e significado na cultura. 
Reinvindicamos o uso de saia pelos homens em um estilo masculino e não andrógino. As mulheres provaram que podem usar calças compridas, nós queremos provar que um homem pode continuar sendo homem, de saia". "Não somos animais de circo nem exibicionistas e nosso movimento não tem nada de folclórico. Os homens têm o direito de lutar para usar saias, assim como as mulheres lutaram no passado para vestir calças compridas."
Eles reivindicam o “direito de dispor plenamente do próprio corpo... afinal as saias são mais confortáveis, mais amplas, não restringem as partes íntimas, e por isso são mais adequadas à fisionomia masculina". A idéia não é converter todos os homens a usarem saia, mas dar o direito de cada um vestir o que quer. O uso desse traje por homens ainda é uma idéia que faz as pessoas rirem, olharem torto ou com ironia. Os associados da "Hommes en Jupe" consideram a saia confortável e não querem passar o resto da vida limitados ao uso de calças alegando que a moda masculina hoje é "pobre" e sem imaginação. Por enquanto, as saias não abrangem o vestuário em situações profissionais. Nenhum dos membros dessa associação utiliza saias para ir ao trabalho. "Ainda estamos muito longe do momento em que os homens poderiam vestir saias no trabalho. Não há como fazer isso hoje". "Esse é um dos grandes problemas enfrentados por membros da associação. Muitas vezes é difícil que a própria família aceite isso. E o fato de usarmos saias pode ser utilizado contra nós na justiça em processos de divórcio e guarda dos filhos".
Não é curioso nos dias de hoje, o homem não ter a liberdade de vestir o que quiser e ser julgado por isso? É o machismo se virando contra os próprios homens. Acho que as mulheres há tempos estão acostumadas a serem julgadas pelas vestimentas. As mulheres durante os últimos dois séculos se tornaram mais agressivas usando peças do guarda roupas maculino (calças, camisas) em busca de um estilo que as desse poder equiparativo aos homens. E os homens mantiveram-se conservadores e imutáveis em suas vestimentas por dois séculos, o que explica a "pobreza" na variedade de roupas masculinas atualmente.
Na Suécia, de uns tempos para cá, os operários da construção civil usam saias  azuis em jeans até os joelhos com grandes bolsos exteriores para as ferramentas e um bolso interno para objetos pessoais. Esta saia para homens recebeu um prêmio de Moda e está sendo lançada pela Blåkläder, uma empresa que desde 1959 fabrica uniformes para várias profissões (foto ao lado).  
Em 2002, uma exposição intitulada "Bravehearts: Men In Skirts", no Victoria and Albert Museum em Londres, focou na reação que as pessoas têm diante de um homem comum usando saia em lugares públicos e as reações provocadas por esse ato. Muitos riam, outros manifestavam agressividade através do preconceito e críticas moralistas, julgando tal atitude como exibicionista. A idéia da exposição foi o de explorar o modo  como diferentes grupos e indivíduos (de estrelas da música à designers de moda), têm promovido a ideia de homens vestindo saias como "o futuro da moda masculina", exibindo saias em manequins, como se estivessem na vitrine de uma loja de departamentos. A exposição salientava que os designers de moda masculina e os usuários de saia empregam seu uso com três finalidades: de transgredir códigos morais convencionais e sociais, redefinir o ideal de masculinidade e para injetar novidade na moda masculina. A exposição também associou o uso de saias masculinas em movimentos de juventude e movimentos subculturais anárquicos, como punk, grunge, gótico e glam rock. Na exposição o visitante também pôde ver saias usadas por Kurt Cobain e criações de diversos estilistas como Vivienne Westwood e Paul Smith.
A novidade agora é que desde 2009 há uma certa tendência na moda mundial de tentar fazer os homens ocidentais voltarem a usar saias, através do trabalho dos designers contemporâneos. "A roupa masculina deveria se inspirar na roupa feminina e não somente o inverso”, revelou a estilista da grife Prada. A tendência dos homens usarem saias ou kilts, a tradicional saia masculina escocesa, está aumentando. O estilista Rifat Ozbek acha que os homens têm medo de que a saia vá alterar sua sexualidade: "Os homens só aceitam usar saia se ela for revestida de um peso histórico, como a saia escocesa ou ainda se for uma peça assinada por um estilista famoso, pois isto não vai fazer com que um homem se sinta menos homem", opina. 
Recentemente empresa Utilikilts, localizada em Seattle, EUA, afirmou que vende mais de 12.000 saias masculinas por ano. E suas saias se tornaram uma visão comum na cidade, especialmente em eventos culturais alternativos. Sendo as saias usadas com botas ou coturnos pretos. Ele diz: "Eu realmente vejo mais pessoas vestindo kilts em Seattle que eu fiz quando eu vivia na Escócia".
A saia está sendo usada como uma forma de mostrar que um homem pode estar na moda. Com exceção da saia escocesa, o kilt, os homens continuam muito receosos na hora de vestir qualquer tipo de saia. O kilt, na altura do joelho é um saiote masculino, pregueado na parte de trás, cujo comprimento vai da cintura aos joelhos. O que o define como kilt (o tecido é chamado tartan) é a forma como foi confeccionado: de acordo com as cores utilizadas e o padrão que formam, representam as famílias (ou clãs) escocesas. Os kilts irlandeses, são de cores sólidas: preto, azul-marinho, verde, vermelho, laranja, marrom...
Encontrar saias masculinas em lojas alternativas é bem comum, até mesmo no Brasil. Embora muitas delas chamem as saias masculinas de kilt, só é kilt as saias com as características citadas acima, se não forem assim, não são kilts, são simplesmente "saias masculinas" mesmo.
Algumas saias ao estilo Kilt:
Muitos estilistas tem apresentado saias em seus desfiles masculinos: Jean Paul Gaultier, Alexandre Herchcovitch, Vivienne Westwood, Agnès B., John Galliano, Etro, Comme des Garcons, Yves Saint Laurent, Alexander McQueen, Rick Owens. Dentre todos estes estilistas, Marc Jacobs (ao lado), é o único que usa saia com frequencia no seu dia a dia.
O que você acha? O homem também tem direito de usar saia?  Por que neste momento histórico o retorno à saia pode ser importante na moda masculina?  Quem são os homens que querem usar saia e porquê?   


Desfiles Rick Ownes e outros...


 



Dicas aos homens que querem usar saias: 
As saias masculinas podem ser longas ou curtas (abaixo dos joelhos). Cores discretas, como cinza, marrom, preto ou caqui. Na parte de cima, camisetas ou camisas sociais. No inverno: camisas fechadas, golas altas, blusas de lã, cacharrel, que podem ser complementadas com blazer ou paletó. Nas pernas  use leggings pretas e se tiver coragem: meias calças fio 80 ou fios acima de 100. Há uma empresa francesa, a Gerbe e uma alemã, a Collanto, que são especializadas em meias calças para homens (a Europa, por ter um inverno rigoroso, é comum o uso de meias calças masculinas), no Brasil, ainda não conheço nenhuma marca específica de meias calças para homens. Nos pés use: no verão: tênis, sandálias semi-abertas ou mesmo chinelos. No inverno, botas de cano curto ou longo.

crédito do assunto: 
http://modadesubculturas.blogspot.com.br/2010/09/homens-de-saia.html
Para não dizer que eu copiei e não citei a fonte.