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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Transexualidade, e aí? A Igreja vai encarar?

Mais um tópico esclarecedor da verdade. De meu colega e professor Leonardo, de Belo Horizonte do blog Circuito Geral.

Segue link da matéria original:

Transexualidade, e aí? A igreja vai encarar? - Acessado em  12/09/2016 às 16h40

Irei resumir o tópico:


Esse é um daqueles assuntos sobre os quais a igreja evangélica se omite, não se posiciona, ou se posiciona radicalmente já mandando todos e todas transex para o inferno. Entretanto, aí já começa o problema, pois a obra redentora de Jesus Cristo na cruz do calvário foi para TODA A HUMANIDADE e seu efeito será SOBRE QUALQUER QUE NELE CRER. Ou seja, se um transexual se converter, ELE SERÁ SALVO DO JEITO EM QUE ESTIVER. Isto é fato e não depende de eu concordar ou discordar. O amor de Deus está acima de nossos conceitos e preconceitos. Jesus ama os transexuais e o amor dEle se revelou em seu sacrifício vicário. Mas, o que a igreja faz? Por total falta de conhecimento e o desinteresse em conhecer (afinal, assim fica mais fácil se omitir), simplesmente identifica a prática como pecado e pronto. Há os que torcem o nariz e viram o rosto, tipo, "isso não tem nada a ver comigo". Será que não mesmo?

O que é a transexualidade - conceito científico


A transexualidade é considerada um fenômeno complexo. Em linhas gerais, caracteriza-se pelo sentimento intenso de não-pertencimento ao sexo anatômico, sem a manifestação de distúrbios delirantes e sem bases orgânicas (como o hermafroditismo ou qualquer outra anomalia endócrina). Pode-se dizer que a fundamentação deste fenômeno na atualidade está baseada em dois dispositivos distintos. 

O primeiro diz respeito ao avanço da biomedicina na segunda metade do século passado — principalmente no que se refere ao aprimoramento das técnicas cirúrgicas e ao progresso da terapia hormonal — que faz do desejo de "adequação" sexual uma possibilidade concreta. O segundo concerne à forte influência da sexologia na construção da noção de "identidade de gênero" como sendo uma "construção sociocultural", independente do sexo natural ou biológico.

Nas diversas teorias que abordam esta questão parece haver um aspecto consensual: o de que na transexualidade haveria uma incoerência entre sexo e gênero. O discurso atual sobre o transexualismo na sexologia, na psiquiatria e em parte na psicanálise faz desta experiência uma patologia - um "transtorno de identidade" — dada a não-conformidade entre sexo biológico e gênero. Por outro lado, ele também pode ser considerado uma psicose devido à recusa da diferença sexual — leia-se, da castração dita simbólica. 

Agora vamos ao que interessa


Primeiro, quero dizer que Deus ama essa pessoa e deseja que ela tenha uma vida plena. Se não for possível ser plena aqui na terra, por causa da mutilação irreversível, certamente o será na eternidade, quando receber um corpo de glória. Uma pessoa que faz uma cirurgia dessas, na verdade transformou-se no que a Bíbla chama de eunuco. Não é mulher, porque não tem útero e nem ovários. E também deixou se ser homem macho, porque não tem pênis e testículos.

Mas Deus o ama do mesmo jeito e deseja a salvação dele, nem que seja no último fôlego de vida. A bíblia cita vários eunucos tementes a Deus, sendo que um deles se converteu por meio de pregação de Filipe quando voltava de Jerusalém para a Etiópia (Atos 8).

A Bíblia não cita se esses eunucos foram casados ou se casaram depois. Acho bastante difícil que isso se suceda. E, hipoteticamente, se isso suceder, com quem se casariam? Com alguma mulher? Nesse caso esses transexuais teriam que fazer cirurgia de reversão dos seios também. Isso é possível de se fazer e eu mesmo já vi um caso assim – um travesti que converteu-se e retirou os implantes de silicone.

Indo mais fundo...


Bem sei que estou pisando em solo arenoso e movediço, sei também que minha resposta não será aceita por muitos. Mas, como poucos têm coragem de abordar esse tipo de temática eu o faço com naturalidade, afinal temos de nos posicionar de forma ética e cristã sobre os mais diversos assuntos. Esse assunto por si só já é polêmico sobre o ponto de vista social, imagine como não será do ponto de vista cristão. Mas não é por isso que irei me omitir.

Acredito ainda, que mesmo diante de polêmicas a igreja deveria se posicionar de forma mais atuante nessas questões. Abordando na integra temas como homossexualidade e não apenas dizendo: “é pecado, pois Deus criou homem e mulher” – de fato está correto, mas precisamos tratar isso de uma maneira mais ampla. Por isso faço questão de abordar temas assim na medida em que eles vão tomando maiores proporções na mídia.

Igualmente, me senti na necessidade de verbalizar tais artigos, pelo fato de nunca ter ouvido ensinamentos como esses na igreja. Alguns deles até surgiam na escola, mas da mesma maneira que hoje o governo planeja enviar kits Gays a estudantes, naquela época tínhamos de aceitar o ponto de vista ensinado pelo professor que na grande maioria não eram evangélicos. Então o que fazer se na escola esses temas são abordados de forma ética e a igreja silencia sobre tais fatos?

Sendo assim o que fazer?


Como bem sabemos a Bíblia não é somente um livro de regras, mas também de princípios. Sendo que isso muitas pessoas tem dificuldade para entender. Não é porque as Sagradas Escrituras não dizem que tal coisa não pode que isso se torna aval para fazermos. Por exemplo, na bíblia não tem uma mandamento dizendo: “Não fumarás”. E isso se torna um consentimento bíblico para fumarmos? Claro que não! A bíblia além de mandamentos possui princípios e través destes percebemos que tal prática não cabe ao cristão.

Existe no meio cristão um jargão que faz muito sucesso: “Vinde como estais” – o que é uma verdade estando dentro de seu contexto – o grande problema é que muitos transformam esse texto como se fosse palavras proferidas por Jesus e registrada nos Evangelhos. A saber, o Mestre disse:“...e o que vier a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37). Sendo assim não há dúvida que Deus perdoa o mais vil pecador. Afinal essa é a justiça de Deus através da morte vicária de Cristo. Por isso Jesus orou “Pai perdoa-lhes” (Lc 23.34).

“Porque para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2.11). A palavra acepção no grego (prosopolempsia) significa favoritismo ou imparcialidade. E em toda bíblia essa atitude é condenada diante de Deus. Ele mesmo não admite e não permite que os seus servos o façam (Dt 10.17; 2 Cr 19.7; Jô 34.19; At 10.34; Gl 2.6; Ef 6.9; Cl 3.25; 1 Pe 1.17) sendo assim a salvação é um direito de todos quantos se achegaram a Ele pelos méritos expiatórios de Jesus Cristo.

Diante disso o transexual que se converte, não pode mais mudar o sexo para o original sendo esse tipo de cirurgia irreversível, permanecerá então na forma que escolheu. No entanto, esse deve deixar o seu desejo sexual de lado não podendo ter mais relações sexuais seja com homem seja com mulher. Posto que o mesmo é um homem aos olhos de Deus e uma mulher aos olhos da sociedade. Deve então negar a si mesmo, tomar cada dia a sua cruz, e seguir a Jesus (Lc 9.23).

Mas ai pode surgir à questão. “Como ele viverá sozinho sendo que Deus nunca quis que o homem estivesse só?”- outra verdade que deve ser analisada dentro do seu contexto. Para responder-mos a essa pergunta é preciso que nos lembre-mos que Deus perdoa sim os nossos pecados, mas não nos isenta da suas conseqüências (Nm 14.19-23; Sl 99.8) sendo assim, Deus nos perdoa de nossas más escolhas, mas não nos isenta dessas escolhas.

Homem "feminina" e mulher "masculino"


Como ficará a situação social do indivíduo transexual no ceio da igreja? Poderia ele então se vestir e se portar como homem, sem ter relações com mulheres? Vejo essa questão com cautela, pois, como vimos a intervenção cirúrgica nesses casos inibe a produção de hormônios masculinos, fazendo diminuir os pelos, afinando a voz, etc. A saber, o transexual passa por várias fazes até se tornar de fato uma “mulher”.

Primeiro, começa a sentir atração pelo mesmo sexo (Homossexual), depois começa a mudar a sua forma de falar e de se portar diante da sociedade, por conseguinte muda os seus trajes bem como algumas partes físicas como os cabelos e o uso de maquiagem. Só depois começam a utilizar de intervenções cirúrgicas para mudar definitivamente o corpo, como o uso de silicones nos seios, coxa, bumbum e por ai vai. E por fim se as condições financeiras permitirem fazem a cirurgia de mudança de sexo. E atualmente tal cirurgia já pode ser custeada pelo poder púbico através do SUS.

Diante disso, é preferível que continue inicialmente como uma mulher ou um homem sem ter mais relações seja como homem ou mulher. Do que se vestir de imediato como homem e tentar se portar como tal. Esse será um processo doloroso e delicado ao qual ele terá de passar juntamente com toda a igreja. A final a transformação tem de acontecer, mas ela acontecerá de dentro para fora e nunca ao contrário (Rm 12.2; Jo 7.38; Pv 17.22)
É isso aí. Se eu estou errada, quem deve me apontar o erro é o Espírito Santo, e não um pastor, um padre, uma mulher, um homem ou coisa alguma. Julgar não é pra nós....

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